Arquivo de música

PETER GABRIEL E UMA BICICLETA

Posted in cycle to know with tags , , on 11 de Maio de 2013 by Humberto

Para um fim-de-semana em tons de azul.

ANDAR EM CÍRCULOS

Posted in cycle of sighns with tags , on 20 de Agosto de 2012 by Humberto

É a andar em círculos, às voltas, numa passadeira rolante que eu leio muito do que diz o debate sobre a bicicleta. Os assuntos são recorrentes e os argumentos vão-se sucedendo numa alternância mais ou menos aleatória, mais ou menos previsível. Olho à volta e reconheço na paisagem de horizonte próximo, os territórios dominados por uma ou outra corrente, por uma ou outra vontade, por uns quantos interesses. O mundo da bicicleta é tantas vezes como uma roda: redondo.

Diz-se que a forma circular é a forma perfeita. É pela circulação de líquidos e gazes que por cá nos vamos aguentando. É circulando que nos encontramos, comunicamos, conhecemos. O círculo é nos seus diversos significados fundamental aos diferentes significantes da vida. Será que andar em círculos, será que correr numa passadeira estática, nos aproxima de algum lugar? Realmente? Até acredito que sim.

O capacete, as ciclovias, o automóvel, o transporte colectivo são temas apaixonantes pelos quais os ciclo-amantes são capazes de quase tudo. Nós (e não sendo o prezado leitor um convertido às maravilhas do admirável mundo novo da mobilidade a pedal, não tem de se sentir incluído neste “nós”) nós os que praticam a pública militância, somos capazes de autênticos duelos de vida ou de morte. Batalhas em que o poder da retórica é arma. Em que é à catanada que desbravamos o caminho que nos levará à praia onde aguarda a barca da salvação.

O tempo, esse grande escultor, ensina que os caminhos nunca são rectos e muitos fazem-se longos e árduos, particularmente se forem desbravados à força. Quando se apresentam difíceis todas as forças fazem falta e o desperdício só nos atrasa o objectivo. Sim, porque nele -no objectivo- repousa o motivo da viagem, do debate. Mesmo correndo com afinco numa passadeira de ginásio para além de se perder alguns quilos e fortalecer um par de músculos, a verdade é que não se sai do mesmo lugar. Não se vê o mundo, não se sente o chão, não se respira o ar, não se foge nem se chega.

Deslocarmos-nos a metade da velocidade de Usain Bolt, um pouco mais que a meio metro do chão, possibilita reter o que nos rodeia sem a distorção normalmente provocada pela incapacidade de ir longe a pé, sem a vertigem da velocidade quando motorizados e sem o isolamento no interior de bolhas de ferro e vidro, qualquer que seja a dimensão. Sentados num selim podemos dar a volta ao mundo, atravessar continentes de norte a sul, apenas movidos pelo esforço dos músculos e da mente. Bem sei que os maciços continentais estão separados por água e não será a pedalar que chegaremos ao Brasil mas se utilizarmos a força do vento para atravessar os oceanos, a bicicleta torna-se no verdadeiro veículo global à escala humana.

O ciclista é um peão que vai mais rápido e pode ir mais longe. O ciclista é fisicamente activo mas não necessariamente o mais activo de todos os cidadãos. É um cidadão mais consciente sobre os perigos de circular no espaço público mas nem sempre o mais responsável. É um cidadão mais interessado e até empenhado em determinados factores relevantes para a qualidade de vida na sua cidade mas esses factores não são obrigatoriamente os mais prioritários. Olhar à volta desde o selim duma bicicleta é diferente de olhar o mundo através da bicicleta.

De tanto andar em círculos facilmente se perde o objectivo. De tanto andar à roda num instante se esquece o destino. Parar e repensar o motivo da jornada, definir um propósito, é meio caminho pedalado para se chegar a algum lado. Quando começo a ficar tonto por andar à roda, como se puxasse uma nora, com as ideias tolhidas por invisíveis palas, penso “o que será verdadeiramente necessário para pôr mais gente a pedalar?” Alguém saberá?

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COMO CRIANÇAS

Posted in cycle of live with tags , , on 29 de Março de 2012 by Humberto

A bicicleta é infantil

é coisa de crianças, de putos

como a meninice que nos chega a pedalar

A bicicleta tem coração de pirata

que rouba do destino a eterna liberdade!

A bicicleta é um pirata a pedalar

O SOL DA CAPARICA

Posted in cycle of live with tags , , on 18 de Setembro de 2009 by Humberto

Almada, cidade finalista do Prémio Europeu de Mobilidade 2008, continua a ser um bom exemplo de como se pode aos poucos ir mudando coisas e evoluindo as mentalidades. Infelizmente nem o reconhecimento no estrangeiro é suficiente para o reconhecimento cá dentro.

Enquanto uns barram o acesso ao rio e ao mar às bicicletas, outros há que constroem caminhos que nos levam mais longe. Vila Nova de Gaia -alô Porto! é outro bom exemplo desse trabalho.

Alguém se lembra dos Peste & Sida? Então vejam lá se conseguem cantar esta e aproveitem o que resta do Verão para uma ida ao lado certo da praia:

No aniversário da gravação do mítico “Sol da Caparica”, os Peste & Sida deixam para trás o descapotável para se lançarem de bicicleta em nova vaga para chegar às praias de Almada.

A lenta Ponte 25 de Abril dá lugar ao barco da Transtejo e o saturado IC20 é substituído pelo percurso ciclável que liga o Cais Fluvial da Transtejo às praias da Caparica. Os Peste & Sida modernizam-se, viram costas a Lisboa mas já não têm pressa de chegar, afinal o caminho faz-se … pedalando, ou ainda melhor, pedalando ao som do novo “Sol da Caparica, na minha bicla”.

E tenham um bom fim de semana!

O PODER DO MAR OU OUTRA MANEIRA DE DESEJAR BOM FIM DE SEMANA

Posted in cycle of live with tags , on 14 de Agosto de 2009 by Humberto

O filme e sua música são já conhecidos de muitos, mas o mar também o é e nem por isso a ele deixamos de retornar.

Bom fim de semana, mesmo que não seja com bicicletas pelo meio.

BICYCLE DIARIES por DAVID BYRNE

Posted in cycle of live with tags , , , on 4 de Agosto de 2009 by Humberto

Quando juntamos na mesma frase Nova Iorque e bicicleta, dificilmente não nos virá à lembrandura o nome e a música de David Byrne. Porque amanhã é bike wednesday aqui fica uma sugestão de banda sonora e um livro para ir lendo nas pausas do caminho*.

Since the early 1980s, David has been riding a bike as his principal means of transportation in New York City. Two decades ago, he discovered folding bikes and started taking them with him when travelling around the world. DB’s choice was initially made out of convenience rather than political motivation, but the more cities he saw from his bicycle, the more he became hooked on this mode of transport and the sense of liberation, exhilaration, and connection it provided. This point of view, from his bike seat, became his panoramic window on urban life, a magical way of opening one’s eyes to the inner workings and rhythms of a city’s geography and population.

Bicycle Diaries chronicles David’s observations and insights — what he is seeing, whom he is meeting, what he is thinking about — as he pedals through and engages with some of the world’s major cities. In places like Buenos Aires, Istanbul, San Francisco, and London, the focus is more on the musicians and artists he encounters. Politics comes to the fore in cities like Berlin and Manila, while chapters on New York City, and on the landscaped suburban industrial parks and contemporary ruins of such spots as Detroit, Pittsburgh, and Columbus are more concerned with history in the urban landscape. Along the way, DB has thoughts to share about fashion, architecture, cultural isolation, globalization, and the radical new ways that some cities, like his home town, are becoming more bike-friendly — all conveyed with a highly personal mix of humor, curiosity, and humanity.

* Ouvir música enquanto se pedala pode evitar escutar os sons do trânsito e é prática pouco segura. O bom senso deve imperar, sempre.

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