Arquivo de massa crítica

O CALDEIRÃO DAS MASSAS

Posted in cycle of sighns with tags , , on 3 de Novembro de 2011 by Humberto

Nunca participei no desfile da Massa Crítica. Por duas razões fundamentais, primeiro porque vivo e trabalho fora de Lisboa, segundo porque ainda não me senti motivado o suficiente para ir ao Marquês de Pombal numa sexta-feira à tarde. Tampouco participei em outra qualquer Massa Crítica dentro ou fora do país, no entanto acompanho com interesse este movimento mundial nas suas várias versões incluído as portuguesas. As mais de trezentas cidades onde a cada última sexta-feira do mês, deslizam largos milhares de ciclistas são cenário dum dos maiores movimentos à escala global. São cenário e testemunha do papel que este movimento iniciado em São Francisco nos Estados Unidos, em 1992 tem tido numa certa forma de divulgar a bicicleta enquanto alternativa para a mobilidade urbana.

Cada cidade recria à sua maneira o desfile tendo por base o guião original. Ciclistas urbanos, mas não só, reúnem-se todas as derradeiras sextas-feira de cada mês num lugar fixo e decidem in loco o percurso e o destino. Circulando em massa compacta reivindicam para a bicicleta o espaço que de forma individual lhes está proibido pelo omnipresente automóvel em todos os outros dias do mês. À medida que percorrem as ruas e se cruzam com automobilistas e peões aproveitam para chamar a atenção para as questões da mobilidade, da bicicleta e doutros problemas presentes nas distintas realidades locais. A reacção aos desfiles Massa Crítica por parte dos cidadãos e das autoridades é na maioria das cidades boa mas não se pode dizer que é unanimemente aceite, até por parte dos ciclistas. Existem alguns casos de conflito sistemático entre ciclistas e polícia, sendo eventualmente o caso mais conhecido o de Nova Iorque e tem-se registado atitudes agressivas com brutais consequências por parte de automobilistas apanhados no meio da MC.

As Massa Críticas não são organizadas por ninguém em particular, são algo que existe, que se sabe onde e quando acontece porque se ouviu a algum amigo, se leu nalgum cartaz, num blog. Não são uma manifestação no sentido legal, porque fazem valer o direito que todos os cidadão têm de se deslocarem de bicicleta por onde bem entenderem desde que respeitando as regras aplicáveis, bem entendido. Prescindem deste modo de autorizações ou sequer comunicação às autoridades e do respectivo acompanhamento policial. Por esta razão não anunciam um destino ou um percurso, embora em algumas cidades exista um trajecto habitual e noutras terminem sempre no mesmo sítio. Mais frequentemente, e uma vez sufragado pelos participantes o destino, os massholes conduzem os demais ciclistas pelas ruas da cidade, seguindo uns quantos preceitos de forma a que o impacto no normal fluir do trânsito seja o menor possível.

As bicicletatas, como também são conhecidos as MC de Lisboa, têm tido nos últimos meses uma significativa adesão. Eventualmente fruto dum extraordinário Verão de São Martinho e indiscutivelmente graças ao aumento de commuters de bicicleta e ciclistas urbanos, Setembro terá reunido cerca de quatro centenas de pares de rodas em cortejo alfacinha. Por razões evidentes não foi possível confirmar este número junto da polícia, mas queremos todos acreditar que sim, 400 bicicletas juntas por Lisboa! Descontando um ou outro atrelado, mais umas quantas bicicletas com cadeirinha e algum tandem, podemos dizer que cada bicicleta seu ciclista, cada ciclista sua cabeça e cada cabeça sua sentença. Em tão diversa mole humana em movimento encontrar-se-ão seguramente espécimes de variadíssimas estripes. Por relatos variados na esfera bloguista, e noutras esferas mais quadradas, direi que por lá se encontrarão os habitués, os novatos, os estreantes, os bike-ninjas, os rufias, os betinhos, os chungas e muitos outros tipos que me podem fazer chegar pela caixa de comentários.

O confronto está presente no dia-a-dia de peões, de automobilistas, de ciclistas, em suma de todos quantos nos cruzamos nos dias-e-dias. Ele é a passadeira que não é respeitada, o lugar no comboio que não se dá à velhinha, a buzinadela desnecessária que sobressalta o transeunte, enfim um fartar de conflitos, uns mais físicos outros mais morais, para os quais contribuímos todos por acção e tantas vezes por omissão. Quando um bando de ciclistas resolve passear em plena hora de ponta pelo meio de concorridas artérias do centro lisboeta, se há coisa que provoca é, esta-se mesmo a ver, conflito. E a troco de quê? Da consciencialização dos demais cidadãos para a necessidade duma cidade mais amiga da bicicleta? Para afirmar o velocípede como alternativa à mobilidade urbana? Para reclamar o espaço alocado quase em exclusivo ao poluidor e gastador automóvel? Se respondeu sim a estas perguntas, responda lá a esta: e porque é que provoca conflito? Vou dar a minha resposta a ver se concorda.

Provoca conflito porque colide com desprevenidos cidadãos que vêem nas invasoras bicicletas um excelente alvo para a ira acumulada por uma vida cada vez mais difícil. Cidadãos que são donos da estrada todos os dias do mês, que têm no carro uma extensão do seu ego moldado numa sociedade egoísta. Colide porque contribui para complicar ainda mais a vida de pessoas a quem os participantes na MC só queriam dizer “andem daí pedalar connosco”, mas que também têm todo o direito de não querem que lhes digamos nada. Partilho da ideia que as bicicletadas deixam, por força do comportamento cívico da maioria dos participantes, uma imagem positiva em quem os vê passar. Da mesma forma sei serem “notícia” apenas os maus exemplos, o tal homem que mordeu o cão. Notícia é o taxista que se encosta à roda traseira duma bicicleta, é o ciclista que respondeu na mesma moeda ao exaltado condutor, é o peão que vocifera contra os “empatas”.

Houve recentemente uma viva e longa discussão no seio duma determinada comunidade ciclista exactamente sobre a questão comportamental dos participantes na MC alfacinha e foi esse debate, a que assisti com bastante atenção, que motivou inclusive este texto. São cada vez mais frequentes os relatos de participantes na MC que referem episódios que, segundo os relatores, em nada favorecem a causa ciclista. Se é verdade que não devemos tomar o todo pela parte, a verdade é que quando a parte, que embora não tenha a paternidade da Massa, advoga algum paternalismo, como que tendo pelo menos a custódia da coisa, decide andar às voltas numa rotunda e encazinar completamente o trânsito, ou quando opta sistematicamente pela rolha quando poderia simplesmente abrandar e esperar no semáforo seguinte pela reunião do grupo, ou quando decide uma passagem pelo aeroporto de Lisboa com as consequências que daí podem ocorrer, está à procura dum desfile que se faça notar também pelo engulho criado. Ou seja, o desfile que deveria ser uma festa para quem participa mas sobretudo para quem assiste, transforma-se numa manifestação de força e num embaraço desnecessário num já habitual caos. Assim como se um anúncio à aspirina fosse um sound-check do baterista dos Metallica.

Um evento que tem no próprio nome a palavra crítica tem forçosamente de saber lidar com a dita cuja e ser um fervoroso praticante da autocrítica. A desculpabilização dos comportamentos desviantes e a desresponsabilização do todo perante as consequências possíveis de atitudes menos ponderadas das partes não é um bom caminho. A bicicleta está na moda e nunca se conjugaram tantos factores favoráveis à afirmação dos pedais como alternativa. Neste momento arrisco a achar que é mais a bicicleta a promover os desfiles da MC que o contrário. Dizer que a MC é um movimento de cidadãos livres que podem fazer individualmente o que muito bem entenderem durante os desfiles é negar ao próprio movimento a razão de ser. É claro que os desfiles só são positivos de servirem para divulgar um modo diferente mas melhor de nos transportarmos. É claro que só valem a pena se contribuírem para formar melhores cidadãos com ou sem bicicletas debaixo dos rabos. O resto são massagens ao ego e vãs demonstrações de autoritarismos, snobismos, autismos, discriminação e preconceito.

PS: Em ralação ao facto de ter vertido tanto paleio e nunca ter ido a uma Massa Crítica, digo apenas que não preciso ser galinha para saber se o ovo está podre…

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ÍNDIOS E CÓBOIS

Posted in cycle of sighns with tags , , , , on 9 de Março de 2011 by Humberto

As recentes imagens de um carro a colher bicicletas vieram juntar-se ao rol de pequenos filmes que registam estes momentos de demência que com demasiada regularidade ocorrem nas mais diferentes paragens. São o lado mais dramático dum conflito que opõe -como aliás ocorre com quase todos os conflitos- duas vítimas, com muito mais em comum do que parece à primeira vista: automobilistas e ciclistas.

Há décadas que as cidades portuguesas são moldadas, desenhadas e projectadas por técnicos que põem a utilização do transporte individual automóvel, o carro, no centro das prioridades. Na grande área metropolitana de Lisboa ainda hoje se constroem e alargam vias com três e mais faixas em cada sentido, cortam-se freguesias com variantes e vias rápidas, permite-se a ocupação de qualquer espaço livre por veículos estacionados. Grandes espaços comerciais onde os clientes apenas poderão chegar de carro são cartão de visita de todos os concelhos do distrito de Lisboa.

Esta mesma cidade onde a dimensão humana foi sendo ultrapassada pela voracidade do automóvel retribui moldando quem nela vive em pessoas embrutecidas pelo asfalto e pela velocidade. Mesmo em espaços donde o carro foi banido como na nova Praça do Comércio, o peão não ganhou nada mais que espaço livre e vazio. É indiscutivelmente essencial criar meios que permitam às pessoas chegar aos espaços públicos, aos jardins e praças, mas esse acesso só fará sentido se nos levar a destinos vivos, confortáveis e seguros. Um turista visitará o Terreiro do Paço uma vez, um lisboeta poderá lá ir todos os dias se a tal for convidado.

É pela valorização do cidadão e do espaço de encontro e interação que as cidades se tornam mais humanas. Da mesma forma que milhares de famílias se cruzam incógnitas dentro dos seus carros, também quando fora deles deambulam pelos corredores dos centros comerciais não estabelecem qualquer tipo de relação. Não debatem, não cruzam opiniões, não se conhecem. É ao tirar o condutor de dentro do carro que a cidade ficará mais humana e consequentemente geradora de menos conflitos. Tirar primazia ao automóvel é pois uma forma de moldar o condutor num melhor ser humano.

A reivindicação do direito a usar a estrada em pé de igualdade com os restantes veículos é mais que justa sobretudo olhando o caminho trilhado pelas regras do mercado liberal. O direito à escolha de meios de mobilidade não dependentes do automóvel faz parte do leque de opções de qualquer cidadão do mundo (dito) desenvolvido e ao qual (nos dizem) pertencemos. Ser assertivo no protesto e na argumentação requer mobilização mas especialmente objectivos. As imagens que nos chegaram do Brasil passaram nas televisões e foram assunto de imprensa mas não o suficiente para criar massa crítica e reflexão sobre o estado da arte, não justificaram tampouco um retrato sobre a bicicleta no país irmão ou sequer sobre os planos da Prefeitura de Porto Alegre para acomodar a circulação de velocípedes na malha viária.

Todas as pessoas que utilizam o carro vêem os custos da sua escolha -quando é de escolha realmente que se trata- a atingir o incomportável e têm que tomar decisões diárias que compensem os aumentos do IVA e do IRS, da água e do pão, da vida! Estas pessoas, nós, questionamos seguramente as próprias opções de mobilidade. O aumento na utilização dos transporte colectivos e a diminuição do trânsito automóvel na ponte 25 de Abril são dois exemplos actuais disto mesmo. Todos os actuais condutores são potenciais utilizadores da bicicleta. É assim que gosto de  ver quem se senta do outro lado dos vidros e não ouve o som do mar, o cantar dos pássaros nem dá os bons dias quando se cruza comigo.

WE ARE TRAFFIC ou Apontamentos para a História do Movimento Massa Crítica

Posted in cycle of live with tags , , , on 31 de Outubro de 2010 by Humberto

O documentário que se segue tem mais ou menos a mesma duração que a declaração do doutor Catroga na derradeiro episódio do folhetim, muito mal ensaiado diga-se de passagem, que foi a encenação à volta do acordo para o Orçamento do Estado que nos condena (quase) todos a um futuro mais pobre.

Contrariamente à comunicação do respeitável senhor, este filme transporta uma mensagem de esperança e mudança. Desde o ano de 1992 muita coisa mudou em São Francisco e no mundo. Ocorreu uma grande alteração na forma como a bicicleta é olhada e no papel que tem na mobilidade urbana nas sociedades ocidentais.

Em várias urbes dos Estados Unidos e noutras de vários países nos cinco continentes, foram encontradas soluções originais e maneiras arrojadas de chamar a atenção para os problemas que ligam o transporte de pessoas e a sustentabilidade ambiental. Em SF o movimento Critical Mass teve tamanho sucesso que o modelo foi exportado para todo o mundo, mas o efeito surpresa e os resultados nunca igualaram os obtidos na Califórnia.

Ted White leva-nos numa inspiradora viagem no tempo, ao tempo em que a luta de uns quantos cidadãos livres reivindicaram as ruas para todos. E ganharam!

O REI PEDALA NU?

Posted in cycle of sighns with tags , , , on 18 de Outubro de 2010 by Humberto

Este artigo vem a propósito duma discussão lançada no fórum Conversas de Bicicultura onde se pergunta a opinião dos participantes sobre a pertinência duma iniciativa do tipo Corrida-de-Nus-em-Bicicleta na cidade capital. Esta manifestação, tal como o desfile da Massa Crítica, teve origem em lugares onde a realidade da bicicleta -já para não falar em tantas outras realidades- era e é bem diferente. Quem pedalava e quem não pedalava era encarado e encarava o outro, bem como o entorno, de formas mais, digamos, esclarecidas. Outra gente, outros costumes.

Lisboa -e escrevendo Lisboa, escrevo as pessoas de Lisboa- é uma cidade que precisa urgentemente de encontrar formas especificas de se indignar, de protestar, de marcar o debate, de ser mais afirmativa. Formas próprias de alertar para a necessidade duma mudança de atitude. Mudança a nível individual (dos peões e dos automobilistas que, eventualmente se cruzariam com a nacked), ou a nível institucional dos vários poderes com autoridade nestas questões. Até porque uma leva a outra. Recentemente, o vereador dos jardins de Lisboa -que é também o senhor que tem às costas as ciclovias- disse numa entrevista a uma publicação da própria CML- que a Avenida da Liberdade é uma rua difícil de se fazer a pedal, quando o caderno de encargos para a bicicleta de uso partilhado -de que o mesmo senhor é  parte responsável- prevê uma bicicleta de mínimo 3(!) velocidade e um máximo de mais de 20 quilos(!). Gostava de ter lido alguma prosa sobre isto, mas ainda nada… ou quase.

E a mudança é necessária na forma como se aborda o problema da mobilidade em Lisboa. Um problema que é gravíssimo e para o qual a bicicleta é parte de solução. Se a bicicleta pode resolver alguma coisa, o estacionamento resolve, por exemplo, muito mais. Os commuters ciclistas alfacinhas podem contribuir para denunciar problemas e soluções para questões que não tenham a bicicleta no centro da “encenação”. Até porque qualquer iniciativa que beneficie quem anda a pé, beneficia praticamente sempre quem pedala. Não sei se me estou a fazer perceber?!

Chamar a atenção para a falta de passeios, para a falta de passadeiras, para a falta de esplanadas, espaços verdes e por aí fora, é chamar a atenção para a falta de condições para se andar de bicicleta, e é uma forma muito eficaz de levar a água ao nosso moinho. Acho as iniciativas do tipo ParkingDay, onde se permite a pessoas (ciclistas ou não) se sentarem onde antes havia uma lata estacionada, uma iniciativa muito mais adaptada à nossa realidade. Ou ocupar a faixa de rodagem em hora de ponta com várias estruturas, cada uma delimitando o espaço equivalente ao dum automóvel, com bicicletas (ou peões) no seu interior, bem mais eficazes que marchas de ciclistas a mostrarem partes do corpo de interesse muito subjectivo…

Num futuro que espero não estar assim tão longe como na verdade parece (confuso?) acredito que desfiles de gente em cima de bicicletas com o rabinho ao léu possam vir a ser viáveis e positivos, mas julgo ser necessário queimar algumas etapas antes. Dado o efectivo número de utilizadores diários da bicicleta em Lisboa versus o número de carros na cidade, é essa desproporção que tem de ser evidenciada, não a excentricidade do “nosso” lado. Em termos mediáticos seguramente que a naked conseguiria atrair muitos mirones, mas do que se transpiraria na imprensa da manhã seguinte ou nas televisões quase nada seria propaganda positiva a formas de mobilidade sustentadas ou a melhor planeamento urbano. E olhem que eu sei bem do que falo. Dar alternativas a quem ainda não encontrou a luz não é bem a mesma coisa que dar razões para nos escreverem nas costas mais uns quantos epítetos simpáticos…

CADA UM PEDALA A SUA BICICLETA

Posted in cycle of sighns with tags , , , , , on 24 de Setembro de 2009 by Humberto

Foi com a frase do título que o velocípede sem motor entrou muito cedo na campanha eleitoral para as eleições legislativas do próximo domingo. No dia em que a Quercus fez a análise da pegada deixada pelas diversas candidaturas na atmosfera, soube que a CDU de Grândola tem prevista uma caravana de bicicletas, naquilo a que será provavelmente a acção de campanha mais sustentável e sustentada desta contenda.

Se a imagem de cada um a pedalar a sua bicicleta é uma boa imagem no contexto em que foi proferida, não deixa de ser verdade que se todos pedalássemos mais acabaríamos por subverter um pouco o sentido que foi dado originalmente

Ernesto Che Guevara, ca. 1950

. Confuso? Não me surpreende…

Cada macaco no seu galho poderia ter sido a frase empregue em substituição da da bicicleta, mas não contribuiria muito para o bom ambiente entre São Bento e Belém. A verdade é que pedalar contribui para um mundo melhor, pelo que não é só o nosso galho a ficar mais verde, é toda a árvore que ganha, é todo o bosque que floresce.

A bicicleta é muitas vezes usada como moleta política, seja declaradamente em campanha ou como acessório, a bicicleta transformou-se num elemento incontornável na realidade portuguesa. Foi louvável a ideia de incluir à última da hora uma bicicleta na corrida entre um Porsche e o Metro, mesmo que tenha sido feito à revelia e para surpresa da organização. E o melhor de tudo foi que a bicicleta ganhou!

Amanhã, sexta-feira, a bicicletada é mais uma excelente oportunidade para continuarmos a pedalar cada um a nossa bicicleta. Para as pedalarmos com gosto e com um objectivo comum: surpreender pela positiva, mostrar que é possível cada um fazer mais por si, fazendo muito por todos, por um futuro melhor, de rotura com paradigmas gastos e poluentes.

E já agora, pedalem no domingo! Digam de vossa, de nossa justiça! Votem porque… o voto é uma arma!

MARCAR PRESENÇA

Posted in cycle of sighns with tags , on 24 de Setembro de 2009 by Humberto

Sexta-Feira, 25 de Setembro, 18:30

Marquês de Pombal, Lisboa

Praça do Leões, Porto

Quem alinha?

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