Arquivo de jornalismo

SAI UM EXPRESSO À BARBOSA

Posted in cycle of sighns with tags , , , on 22 de Agosto de 2012 by Humberto

As assessorias de comunicação do Governo conseguiram vender ao Expresso e, pelo menos à RTP Porto também, a “notícia” da tão esperada, e prometida pelo Sec. Est. dos Transportes no Congresso da Murtosa, revisão do Código da Estrada. A promessa é que as alterações tenham finalmente em linha de conta e de acordo com o que é prática na UE, a bicicleta como veículo de transporte de pleno direito, a par dos demais veículos que circulam nas estradas.

O texto também informa, realçando o contraste entre circulação segura em automóvel versus circulação perigosa em bicicleta, que houve uma diminuição do número de acidentes envolvendo veículos motorizados. Ora se há uma efectiva redução do número de quatro rodas em circulação e o preço exorbitante que os combustíveis atingiram, faz finalmente com que muitos condutores levantem o pé do acelerador, circula-se as velocidades mais baixas, não tão excessivas (velocidade excessiva ≠ excesso de velocidade). De acordo com o que vem nos livros: menos velocidade + menos carros = menos acidentes…

No texto é referido, e bem, que não há estatísticas sobre a utilização da bicicleta. Eu acrescento, observando a crescente utilização da bicicleta em muitas cidades portuguesas, sobretudo desde há um par de anos, é bem provável que esse aumento seja muito superior a 21%. Embora a ocorrência de apenas um único acidente envolvendo um ciclista já seria de lamentar, podemos provavelmente considerar que o número de “acidentes” é até razoável, tendo em conta as condições de circulação em geral e as condições especificas para o uso da bicicleta em particular e, claro a conhecida (in)segurança rodoviária nacional.

E esta de que o Governo vai alterar o CE para aumentar a segurança dos utilizadores mais vulneráveis só pode ser sarcasmo! Há muitos anos que a FPCUB e outras entidades fazem pressão junto dos Governos e dos Partidos para as necessárias alterações ao CE. Foram já a votação na Assembleia da República vários Projecto Lei nesse sentido, tendo o PSD na oposição e mais recentemente já no poder, votado contra. Pelo que não nos venham agora com a conversa de que é por causa do aumento dos acidentes. Até porque estes senhores não sabem nada sobre a bicicleta nem sobre quem a usa!

Aliás, o governo não tem que anunciar alterações ao CE para proteger este ou aquele grupo de utilizadores das estradas. O CE TEM de ser um normativo de regras que visem a segurança de TODOS os utilizadores da estrada! Esta visão da bicicleta e de quem a usa alimenta a ideia de que os velocípedes necessitam dum tratamento de excepção. Que andar de bicicleta é perigoso. Realça o conflito latente entre automobilistas e ciclistas. Mais uma peça “jornalística” escrita com base numa acção de propaganda/promessa do Governo e da sua máquina de comunicação, sem ser questionada pelo jornalista de serviço a essência da informação.

Para que a “notícia” não ficasse completamente coxa, e porque é assim que estas coisas se fazem, foi preciso arranjar algum “facto” que justificasse o interesse numa promessa do executivo que, nas suas próprias palavras é apenas “uma alteração cirúrgica de diversas normas”. O “facto” normalmente vem no título: “Acidentes com bicicletas estão a aumentar”, et voilá! Tanto na RTP como no Expresso os jornalistas vestiram-se de patinhos e foram para o computador. Resultado: trabalhinhos muito fracos! A Joana Pereira Bastos, que assina a notícia do Expresso até pôs no topo, qual cereja podre, as obtusas e costumeiras barboseiras!

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JORNALISTAS CYCLE CHIC

Posted in cycle of sighns with tags , , , on 22 de Abril de 2012 by Humberto

No sábado 19 de Maio poderemos de novo celebrar a bicicleta com hora marcada e todos juntos. Os eventos Lisboa Cycle Chic cumprem o destino de se afirmarem como uma marca também da cultura ciclista urbana alfacinha. Lisboa merece dias assim. As nossas cidades merecem bicicletas. E nós merecemos celebrar uma opção de futuro.

A bicicleta na cidade está aí, por todo o lado a pedalar mais a cada dia, a aparecer mais a cada curva. Apesar das ciclovias vazias e dos autismo dos senhores da burocracia, as ruas são mais felizes de cada vez que um par de rodas as cruzam. De cada vez que uma criança vê, da janela do carro, um adulto numa bicicleta a rua também é mais dela.

Na esplanada solarenga já todos levantámos o olhar para acompanhar a passagem duma bicicleta, abstraído-nos da conversa impressa. Mesmo que as palavras nos falem de bicicletas, o olhar é puxado para quem segue suavemente, a deslizar. A experiência de pedalar é inultrapassável, e o jornalista nunca nos poderá prender o olhar duma bicicleta ali, a ir.

Sempre que leio um texto -e ultimamente tenho lido muitos, sobre a nova bicicleta, vejo um jornalista à conversa na porta duma loja, à conversa num telemóvel, sentado numa mesa com um gravador de permeio. Ali está o jornalista e do outro lado ali está o mundo. Mas tem de ser assim? E se a montanha descesse de bicicleta?

Recentemente a ECF publicou um texto com o sugestivo título “How Do You Get Journalists to Love Cycling?”. Que tal sentarmos os jornalistas em bicicletas e levá-los de passeio? Todos chiques, alegres, receosos, corrompidos? Que tal convidarmos os jornalistas todos desta país (ainda por cima são cada vez menos!) para irem pedalar no sábado 19 de Maio pelas míticas 7 maravilhosas colinas de Lisboa? Que tal levarmos os jornalistas pela mão para uma caçada ao Tritão?

Pois daqui proponho à Federação e ao Miguel, parceiros neste passeio, que tratem de enviar às redacções convites para que os seus enviados participem no 2º (que na verdade é o terceiro mas acho que o Miguel quer esquecer um dos outros e razões até terá) passeio Lisboa Cycle Chic montados em bicicletas. E que se os rapazes não tiveram uma bicicleta lá no jornal, na dispensa da rádio ou no parque dos carros da televisão, a organização terá à disposição dos profissionais da informação muitas para emprestar.

Assim os moços e as moças poderão escrever sobre selins com o rabo calejado por um. Poderão reportar sobre o pedal e sentir a dor no gémeo. Escreverão letras torneadas pelo girar da roda, ao som das campainhas, com o cheiro daquela mistura de adrenalina e suor que nos cobre os corpos quando fazemos algo de que tanto gostamos. Assim de certeza que, quando a bicicleta passar pela esplanada, levantaremos o olhar dum texto com mais paixão.

VIVA O FIM-DE-SEMANA! v.1.2

Posted in cycle of sighns with tags , , , , on 3 de Julho de 2011 by Humberto

De repente e num só fim de semana, aconteceram em Lisboa três iniciativas mobilizadores de ciclistas. A azafama começou no sábado com o Lisbon Cycle Chic versão 1.2, despertou o domingo no Lisbon Bike Tour 2011 e terminou à tarde no 1º Naked Bike Ride. Apetece perguntar que seria dos ciclistas alfacinhas se não soubessem inglês? Mas adiante que as questões de idioma são meras picuinhices.

Todo o país tomou conhecimento sobre as diferentes passeatas por via das abundantes reportagens televisivas, radiofónicas e impressas. Mas será que o país foi devidamente informado? Será que os três acontecimentos originaram uma reflexão minimamente séria sobre o que ocorreu neste mui sui generis último fim de semana de Junho? Não me parece. Seria pedir demasiado a uma classe automobilizada e desmobilizada de causas.

Tanto o LCC como o NBR são eventos que pela dimensão e adesão, e pelos meios logísticos envolvidos, não se podem comparar ao LBT. Enquanto em cada dos dois primeiros estiveram cerca de 200 bicicletas, no segundo participaram para cima de seis mil pessoas. Olhando as fotografias de todos os eventos, o único fator comum é a bicicleta, embora nas de domingo à tarde outro atrativo motivo de interesse rivalizasse com os pares de rodas. Sabe bem ver que a Federação de Cicloturismo se associa aos eventos amadores mas é triste que a organização do Tour da ponte deixe de fora quem mais e melhor pugna pela bicicleta no nosso país.

Se ao chic se associaram duas lojas ativistas e uma marca dentro do espírito, já ao nu nem um vendedor de havaianas ou designer de biquínis quis despir o seu nome de preconceitos. Por outro lado, no outro lado do rio, até um fabricante de automóveis se associou a outras grandes empresas nacionais e várias mais pequenas, mais as autarquias de Lisboa e Loures e, imagine-se, a Associação Portuguesa de Surdos! Só parceiros de media foram quatro incluindo a rádio e televisão públicas e um jornal de negócios…

O LBT é um acontecimento puramente comercial, onde a troco de umas bicicletas de supermercado -pagas pelos inscritos! uma série de entidades se promovem, sob a capa de nos consciencializar para a necessidade dum futuro melhor. Pragmaticamente a verdade é que se muita daquela gente que, enfiada dentro de autocarros fez um domingo mais poluído, nunca dará uso à bicicleta que leva para casa ao ponto de perceber que aquilo não vale um chinelo, também é verdade que prova que com o incentivo correto milhares de pessoas enfiam um capacete horrível e ridiculamente verde na cabeça e pagam para atravessar o Tejo de bicicleta. Mais de seis mil pessoas foram ciclistas por breves momentos, gosto de acreditar que alguns ganharam o bichinho…

Quem por aqui vai passando saberá da minha opinião sobre a importação do conceito cycle chic. Não há evidentemente em Lisboa, ou noutra cidade portuguesa, matéria prima suficiente para alimentar um blog de fotografias que faças jus ao espírito da coisa. O Miguel tem no entanto feito um trabalho hercúleo na dinamização do chic virtual e do chique concreto e o encontro do Campo Pequeno é disso prova. Claro que o facto de aparecerem uns crominhos de joelheiras e cotoveleiras ou umas betetes xispête-ó só pode ter que ver com a conhecida incompatibilidade dos portugueses com o inglês técnico.

A maioria dos jornalistas, porque não percebem como se pode andar a pedalar só porque sim às voltas em Lisboa, a não ser para dar nas vistas e sair de casa mascarado, logo reparam que afinal só havia um ciclista de sombrinha e uma ciclista de chapéu a la Côte d’Azure. E por aqui se fica a possibilidade de falarem e escreverem sobre os mitos das colinas e do esforço para as subir, do medo do trânsito automóvel, das aberrantes ciclovias do senhor Zé, ou até e simplesmente de como pode ser normal andar de bicicleta na cidade, apenas com a roupa do dia a dia! Cheira-me que com a precarização nos medium e a diminuição geral de rendimentos de quem vive apenas do trabalho, a classe jornalística será das que mais depressa porá os pés nos pedais… mas isso é outra história.

Arrisco-me a dizer que o LCC é uma excelente oportunidade para nos encontrarmos espalhados pelos bancos do jardim e estender as bicicletas na relva, e ao sabor dumas imperiais e ao som de amenas cavaqueiras, convivermos também a falar de bicicletas. Talvez o LCC possa ser uma coisa mais informal, sem batedores nem ambulâncias*, em que o prazer esteja na viagem que todos faremos para lá chegar e, porque não, num passeio de 15 minutos à volta dum par de quarteirões em vez de quase uma vintena de quilómetros à moda da Massa Crítica. Para mim isto do chic é uma coisa mais contemplativa, mais na onda do “e na próxima semana vou ser o mais chique de todos!”

Para o fim ficou o último mas que era sem dúvida o mais aguardado dos três passeios. Conhecendo a capacidade interpretativa dos media antevi que a nudez anunciada, mais ou menos efetiva, relegaria para secundaríssimo plano os principais propósitos dos organizadores. Como é evidente não existe uma cidade de qualquer país onde seja possível circular como se veio ao mundo. Lisboa nem nisso é original. A originalidade prende-se com o facto de aqui a polícia se dar ao trabalho de mais uma vez evidenciar ao mundo a tacanhez e o provincianismo dos costumes.

Se todas aquela gente que foi desde o Parque Eduardo VII até à Torre de Belém tivesse mesmo tirado toda a roupa, o que é que a polícia faria? Deteria todos? Distribuiria mantas do exército? Ofereceria preservativos? Carregava a cavalo? Despia as fardas e dançava apenas com os cassetetes na mão? Taparia os olhos dos desprevenidos transeuntes? Que imagem ofereceriam aos turistas os policias? É que para a maioria das pessoas que das beiras dos passeios assistissem ao desfile dos ciclistas nus, a novidade seria a reação das forças da ordem.

Desde que soube da ideia de se organizar um desfile nu em defesa da bicicleta pelas ruas de Lisboa, que achei que a visibilidade do acontecimento ficaria preso aos corpos dos ciclistas e nem reparariam nas bicicletas. Assim de repente só me consigo lembrar da parte debaixo dum biquíni preto e esta nem é a minha cor preferida para usar na praia… Proponho que no próximo Naked Ride se vá apenas vestido com capas de chuva transparente e se transforme a defesa por uma mobilidade sustentável na luta por uma mentalidade sustentada! Ao menos assim poderia ser que os jornalistas falassem das bicicletas na cidade… Que me dizem?

* Acrescento que não houve ambulância no LCC.

Houve foi uma viva argumentação entre alguns ciclistas mais militantes e experientes e um polícia menos habituado às bicicletas e pouco sensível ao espírito de quem em cima delas desfruta da vida.

A autoridade defendeu a obrigatoriedade da presença dum veículo desse tipo, ainda para mais sabendo que o organizador tinha ido de charola, com argumentação meramente formal como aliás lhes é habitual, à autoridade claro.

Num país onde a assistência médica de proximidade é cada vez mais gerida desde uma visão troiquista (não confundir com Trotskista!), é aberrante –to say the least– este tipo de exigências.

CADA JORNALISTA TEM O PAÍS QUE MERECE

Posted in cycle of sighns with tags , , , , , , on 23 de Abril de 2011 by Humberto

O Bike Blog do diário inglês Guardian é uma excelente fonte de informação para quem não gosta de sentir os horizontes tolhidos pela pequenês da discussão portuguesa sobre as questões da bicicleta e, de forma mais lata, sobre mobilidade. No Bike Blog vários autores expõem a sua visão do mundo desde o ponto de vista de quem olha a vida por cima do guiador da bicicleta e os artigos quase diários frequentemente suscitam para cima da centena de comentários.

Talvez a principal razão para a diferença que existe entre o número de caracteres que as questões da sustentabilidade e do ambiente conseguem na imprensa lusa ou o tempo que é a estes temas dedicado pela rádio e televisão resida  na proporcionalidade que o envolvimento dos profissionais da comunicação social têm nestes assuntos sobretudo de forma pessoal. Naquilo a que às duas rodas a pedal diz respeito, quantos jornalistas viajam diariamente em transportes públicos e quantos pedalam no seu dia-a-dia?

Apesar de alguma maior atenção dispensada recentemente na comunicação social à bicicleta enquanto transporte urbano, a abordagem é, grosso modo, leviana e incipiente refletindo quase sempre preconceitos de senso comum. O jornalismo lusitano de forma geral é pouco dado a lançar discussões mobilizadoras, provavelmente por receio de poder ser acusado de ter algum interesse escondido, confundido falta de rigor com falta de independência. Claro que a isto não é estranho o facto dos jornais serem pouco lidos, a rádio ouvida sobretudo no carro e a televisão dominada por notícias sobre política, justiça e futebol.

Há já bastante tempo que guardava este texto nos rascunhos do Simply Commuting. É motivado por um comentário ao artigo que pode ser lido aqui. Matt Seaton escreve sobre o momento particular que se vive na cidade de Nove Iorque, Estados Unidos da América, em que forças políticas concorrentes em jogos de poder, usam uma pequena polémica a propósito duma ainda menor ciclovia dessa enorme cidade. O jornalista relaciona a forma como o sucesso do plano revolucionário de transporte da grande maçã, personalizado pelo Mayor Michael Bloomberg e pela sua Comissária para os Transportes Janette Sadik-Khan, pode afetar a nível global o triunfo da bicicleta nas cidades.

O autor do comentário, um Joseph de Maastricht, já usou este mesmo texto em vários artigos no Guardian mas nem por isso as suas palavras deixam de ter interesse. Se por um lado o artigo de Matt Seaton é de relativa importância para quem não vive nos states, é também uma demonstração da forma como estes assuntos são acompanhados por publicações que têm vários milhões de pageviews por dia no mundo inteiro. Por outro lado o comentário dará a quem ler este artigo aqui no SC -e caso seja jornalista melhor ainda! uma lista da quantidade de bandeiras que poderemos todos erguer no sentido de tornar o nosso Portugal definitivamente num seguidor de boas práticas ao nível da mobilidade.

Numa altura em que até a “ajuda” nos é vendida por um preço que não poderemos nunca pagar, o caminho para o desenvolvimento de Portugal passa cada vez mais por uma alternativa às políticas ruinosas que nos conduziram aqui. A lista abaixo lembra que o futuro do nosso país passa por investimento público de qualidade. Joseph inomera várias razões para Maastricht não ser apenas uma cidade de má memória…

Aqui fica o texto do comentário no original:

For the interested here is the list of Key policies and innovative measures used in Dutch cities to promote safe and convenient cycling

Extensive systems of separate cycling facilities
• Well-maintained, fully integrated paths, lanes and special bicycle streets in cities and surrounding
regions
• Fully coordinated system of colour-coded directional signs for bicyclists
• Off-street short-cuts, such as mid-block connections and passages through dead-ends for cars

Intersection modifications and priority traffic signals
• Advance green lights for cyclists at most intersections
• Advanced cyclist waiting positions (ahead of cars) fed by special bike lanes facilitate safer and
quicker crossings and turns
• Cyclist short-cuts to make right-hand turns before intersections and exemption from red traffic
signals at T-intersections, thus increasing cyclist speed and safety
• Bike paths turn into brightly coloured bike lanes when crossing intersections
• Traffic signals are synchronized at cyclist speeds assuring consecutive green lights for cyclists
(green wave)
• Bollards with flashing lights along bike routes signal cyclists the right speed to reach the next
intersection at a green light
Traffic calming
• Traffic calming of all residential neighbourhoods via speed limit (30 km/hr) and physical
infrastructure deterrents for cars
• Bicycle streets, narrow roads where bikes have absolute priority over cars
• ‘Home Zones’ with 7 km/hr speed limit, where cars must yield to pedestrians and cyclists using
the road
Bike parking
• Large supply of good bike parking throughout the city
• Improved lighting and security of bike parking facilities often featuring guards, video-surveillance
and priority parking for women
Coordination with public transport
• Extensive bike parking at all metro, suburban and regional train stations
• ‘Call a Bike’ programmes: bikes can be rented by cell phone at transit stops, paid for by the minute
and left at any busy intersection in the city
• Bike rentals at most train stations
• Deluxe bike parking garages at some train stations, with video-surveillance, special lighting,
music, repair services and bike rentals
Traffic education and training
• Comprehensive cycling training courses for virtually all school children with test by traffic
police
• Special cycling training test tracks for children
• Stringent training of motorists to respect pedestrians and cyclists and avoid hitting them
Traffic laws
• Special legal protection for children and elderly cyclists
• Motorists assumed by law to be responsible for almost all crashes with cyclists
• Strict enforcement of cyclist rights by police and courts

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