Arquivo de dahon

VAI DE CONTA-VOLTINHAS?

Posted in cycle to know with tags , , , , , , , , , , , on 2 de Outubro de 2011 by Humberto

O primeiro acessório que comprei para a Trek foi um ciclo-computador! Longe ainda vinham os tempos em que troquei o automóvel pelos pedais mas entretanto passei a saber sempre a quantos ia Boavista abaixo e se a volta pelo Parque da Cidade Invicta tinha sido maior que no dia anterior. Sabia exactamente a média horária e esperava bater a máxima sempre que tinha pela frente uma descida mais apelativa. Tudo funcionava a pedais excepto aquela caixinha que consumia uma pilha por ano, mas valia a pena, pois até me avisava para ir ao mecânico ver os óleos! Não havia bicicleta que não merecesse uma coisa daquela e a minha não seria excepção.

Com a chegada da montada todo-o-terreno só tive de instalar um novo sensor na suspensão dianteira e um suporte de guiador porque o “conta-voltinhas” aceitava dois tamanhos de roda. Em pouco tempo já eram mais as vezes em que me esquecia de o mudar de bicicleta. De regresso a Lisboa e a mudança de hábitos, chegou a primeira dobrável e houve que a equipar também com o respectivo computador de bordo. Desta vez e de forma a não estender mais cabos na Dahon, optei por um conjunto sem fios o que significou duas pilhas, uma no receptor e outra no emissor. Esta última de longa duração mas mais cara quando foi preciso substituir.

Quando me tornei um commuter em bicicleta, e já lá vão mais de seis anos, a curiosidade alheia traduzia-se em perguntas diárias, muitas delas respondidas com recurso aos dados mostrados no pequeno ecrã. Quantos quilómetros fazia, a que velocidade, em quanto tempo e eu, admito até um pouco orgulhoso, lá ia carregando nos botãozinhos e fazendo aparecer os valores que, se para uns seriam modestos, para a maioria estavam acima da pedalada. A verdade é que sem um destes aparelhómetros não saberia quantos quilómetros fazia por mês, quanto da viagem era a pedalar e quanto de comboio. Pude até comparar a velocidade média em duas e em quatro rodas.

Entretanto foram já vários os conta quilómetros que me passaram pelas bicicletas. Uns mais simples e outros com funções que nunca cheguei a utilizar, até porque a maioria dos computadores para bicicleta estão pensados com o ciclista-desportista em mente. São realmente fundamentais para um atleta monitorizar a evolução do treino através do controlo da cadência de pedalada, do batimento cardíaco, da energia produzida. Tudo através da medição da ponderação de vários valores por estes pequenos computadores. Os mais avançados permitem trabalhar a informação referente a todos os atletas duma equipa de ciclismo por meio duma aplicação informática dedicada. Nos equipamentos mais caros é até possível juntar todas estas funções ao registo GPS e obter uma análise total do desempenho em determinado percurso.

À media que a bicicleta vai ganhando terreno na cidade aparecem mais produtos desenvolvidos especificamente para o ciclista urbano. Quase todas as marcas mantêm uns quantos modelos de funções básicas como seja a distância percorrida total e parcial, velocidades máxima, média e no momento (VDO X1, Sigma BC509). Estes são normalmente mais baratos o que relativiza o prejuízo em caso de roubo ou perca. Há os mais específicos para commuting com ecrã iluminado para poderem ser utilizados à noite e existem até com cálculo do CO2 não produzido (Cateye Commuter). Existem modelos disponíveis em cores pouco ortodoxas (Knog N.E.R.D.) mas não menos atractivas(?).

Da última vez que o meu computador de bordo ficou sem bateria, acabou esquecido no fundo do alforge. É o que há mais tempo me acompanha e marcava já algarismos nas casas dos milhares. O totalizador era basicamente a única função que consultava a par do relógio. Com o tempo deixei de valorizar a sua utilidade. Com a rotina das deslocações já sabia os valores de cor e as médias mantêm-se inalteradas há muito. Quando concluí o projecto Raleigh ainda andei a ver na net um computador merecedor de ser instalado no seu guiador mas ainda não encontrei um que lhe faça jus à personalidade, embora esta bicicleta seja a que mais partido tiraria dum conta quilómetros já que é a mais errante de todas.

Um ciclista na cidade precisa de todos os sentidos bem acordados para lidar em segurança com os obstáculos. Se é engraçado ter a leitura imediata da velocidade a que passamos pelo meio dos engarrafamentos automóveis, não será menos certo que à mínima desatenção oferecemos um retrovisor novo a um desconhecido. Mesmo nos trajectos diários, há sempre boas razões para tirar partido da paisagem e não será ciclo+computador apenas um corta-barato?

Este texto foi muito tempo um dos inacabados rascunhos que guardo mas ao ler isto inspirei-me, mesmo arriscando ser acusado de plagiar, mais não seja o timming da publicação. Será que os ciclo-computadores fazem algum sentido para quem anda de bicicleta no dia-a-dia ou serão apenas instrumentos de apoio ao treino dos atletas? E o caro leitor usa ciclo-computador? E qual a importância que lhe dá?

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O ESCULTOR E A ARTISTA

Posted in cycle of live with tags , , , on 21 de Abril de 2011 by Humberto

Emprestei a bicicleta a um bom amigo pintor escultor professor carpinteiro pedreiro e mais umas quantas coisas, para que me acompanhasse, e a outros bons muitas outras coisas, a uma caldeirada feita por gente boa.

A logística do transporte da criançada que não cabia no atrelado e dos adultos de guarda estava resolvida de forma a que o Pintor -que não cabe no atrelado- teria de ir a pedalar ou à pata. A escolha foi evidente e ala que a pedalar também se conversa!

A fome saciada -e de que maneira! a garganta afinada -ai o medronho! a barriga desarranjada -efeitos colaterais da gula! a mais pequena a pedir alimento, demos as costas uns aos outros e os uns subiram a caminho do monte enquanto os outros lá foram dar de banhar aos miúdos.

Ele há pessoas assim que plantam poemas por todo o lado e há outras que não os deixam escapar. O escultor pousou delicadamente a bicicleta num tufo de juncos para que da areia protegesse a delicada máquina. Matéria de função.

A sensibilidade da fotógrafa foi o elo célere e sempre atento, único, que uniu para sempre o gesto simples da criação pelo registo ao eterno da contemplação. A pairar por cima disto tudo uma bicicleta que um dia se vai transformar em quadro…

… mas disso se dará notícia por aqui quando do sul regressar doutra vez.

foto by C

DE BICICLETA ATÉ AO FUTURO

Posted in cycle of live with tags , , , , , , , , on 7 de Abril de 2011 by Humberto

A bicicleta entrou na minha vida no dia em que o meu pai me levou para onde é hoje o Parque das Nações e me deixou em cima duma Vilar vermelha, a minha primeira dobrável, num estradão alcatroado, bem perto dum enorme cemitério de material de guerra usado no ultramar. Nessa estrada com cheiro a rio e a lodo tive a minha primeira batalha com as duas rodas e a força de gravidade. Uma rodinha montada do lado direito ajudou-me a manter o equilíbrio nas primeiras pedaladas, lançado por uma voz de incentivo e dum momento para o outro a mão que segurava o selim já lá não estava e um magnifico mundo estendia-se à minha frente.

Depressa a Vilar rumou ao sul para a casa dos avós onde ficou até hoje a chorar saudades de tanto e de tantos. O corpo cresceu-me e ganhou uma Esmaltina, verde com mudanças e guiador de corrida, comprada no Areeiro. Foi o tempo das corridas à volta do quarteirão e das primeiras quedas a sério mas foi a Esmaltina que me permitiu alargar os horizontes tantas vezes bem para além do salvo conduto familiar. Passados esses gloriosos tempos da meninice e durante demasiado tempo a bicicleta foi posta de lado. Demasiado tempo!

Até que resolvi trocar a cidade capital pelo Porto. Eram os tempos dourados da internet e do ecrã do computador saía muito e saíam também bicicletas. Lance Armstrong vestia camisolas amarelas como quem abre garrafas de champanhe e por todo o lado começaram a surgir bicicletas de montanha. Numa viagem de visita a Lisboa fui convencido por um compincha de outra pedaladas a dar uma volta de ginga. Foi depois desse regresso ao pedal que decidi comprar uma bicicleta já que a velhinha Esmaltina tinha ficado pequena, mas recusava-me a comprar uma BTT. Não queria os pneus largos nem aquele ar de jipe porque simplesmente não iria andar no monte. Queria uma híbrida que procurei, procurei e não encontrei. Na verdade existiam umas lojas que vendiam umas marcas que as tinham em catálogo mas… teria de encomendar sem testar, sem ver, pagando logo um sinal. A sorte é que do Porto a Vigo é um saltinho!

Se já sabia que na Galiza havia bom peixe e melhor marisco, fiquei também a conhecer boas lojas de bicicletas com modelos em exposição que não eram vendidos por cá. E com a diferença do IVA e o mercado e as diferenças do costume, o preço lá era mais baixo, certa sexta-feira cruzei o Minho de regresso a casa com a barriga cheia de percebes e uma bicicleta desmontada na bagageira. Com algumas alterações e acrescentos, esta ainda é a minha bicicleta do dia-a-dia. A essa loja fui entretanto buscar uma de montanha quando as suspensões totais ficaram acessíveis e a vontade de desbravar caminhos pediu uma atitude mais radical.

O regresso ao sul fixou-me residência na linha de Cascais e depressa as agruras da vida motorizada pela Marginal deixavam-me os nervos em franja. A decisão de tirar a versátil Trek da arrecadação e tentar o percurso até Carnaxide foi natural. Apesar do esforço necessário para vencer a subida por Miraflores me ter feito duvidar da minha própria sanidade mental a teimosia foi maior. Nessa altura as bicicletas pagavam bilhete no comboio aos dias de semana, o que encarecia e muito o preço das viagens. Mas como o que importa não são os problemas mas as soluções que lhes damos, decidi comprar a primeira dobrável, que como era considerada bagagem pela CP, não me custava bilhete a ainda tinha a vantagem de me permitir conjugar melhor a mobilidade familiar.

Quando a CP deixou de cobrar bilhete de bicicleta, criou um esquema de horário para o livre transporte de velocípedes a bordo mas que não me afectava porque a Dahon continuava a ter livre acesso a qualquer hora, desde que fosse dobradinha e sossegada ao meu lado. Hoje que acabaram as limitações nos comboios da linha de Cascais e porque se tornaram mais frequentes as viagens sem recurso ao caminho de ferro, a Trek voltou à liça e até ganhou recentemente um dínamo lateral para deixar de usar pilhas, mesmo das recarregáveis.

Claro que ao longo de todos estes anos, de toda esta vida, a minha relação com a bicicleta evoluiu bem mais que a simples empatia material com a dita coisa. As formas com que olhei e olho hoje para as bicicletas foram-se alterando e a importância que atribuo à mobilidade e aos problemas associados com a sustentabilidade de meu estilo de vida é hoje infinitamente maior do que quando esta aventura começou à beira Tejo. Neste texto cabe a lycra e os pedais de encaixe, cabem as suspensões auto-bloqueantes e os travões de titânio, as intermináveis polémicas e seus equívocos sobre o uso do capacete.

Cada um pedala a sua bicicleta e a forma como a pedala deveria ser indiferente para os demais. De fatreino, de pijama, fraque ou nu (cruz credo!) o importante é que cada um considere que pode incluir a bicicleta nos planos de transportabilidade pessoal. Um dia a bicicleta vai ser equiparada a qualquer outro veículo independentemente do combustível que use. Quem sabe um dia existirão pastagens comunais para que os nosso burricos, mulas e puros-sangue de transporte se alimentem? Aconteceu há bem pouco tempo em Cuba aquando do período especial, no início da década de noventa do século passado.

Um dia a bicicleta vai atingir por cá o mesmo estatuto de que já hoje em dia goza por outras paragens e nesse dia nós, os que já a guardamos no armário da paixões, vamos ser olhados como os pioneiros desta nova alvorada ciclopédica. Um dia os chiques e os outros serão apenas modas. E tudo isto vai acontecendo na cadência da pedalada descomprometida e feliz de quem olha para a vida por cima do horizonte do guiador da bicicleta.

LOJA DE BAIRRO

Posted in cycle of live with tags , , , , on 16 de Outubro de 2010 by Humberto

Lançar a rede à procura de livros sobre a bicicleta nunca foi tão proveitoso. Se nos ficarmos pelas edições na língua inglesa já temos o que ler por muitos e bons dias, mas para os que mais idiomas dominarem as escolhas aumentam em proporção. A bicicleta tem na Europa uma história que começa no século XIX e pudemos partir na sua roda desde a grande Bretanha, atravessar a Mancha para a Bretanha continental e seguir por terras transalpinas que muitas páginas de história leremos com estórias de paixão e invenção.

À medida que a fabricação foi subjugando a manufactura também a bicicleta foi engolida na voragem da produção em massa, no entanto até aos anos 90 d0 século passado muitos dos camisola amarela coroados em Paris, lá chegaram montados em bicicletas feitas por artesãos europeus. Hoje restam poucos desses fabricantes, uma mão cheia de verdadeiros artífices, se bem que do outro lado do grande mar as bespoke cycles são um nicho de mercado revitalizador para quem como eu acha que nem tudo está perdido.

Mesmo quando se escolhe uma bicicleta fabricada na Tailândia, a experiência de comprar numa pequena loja é em tudo mais satisfatória que o impessoal e frio serviço prestado pelos grandes armazéns. E nem precisamos de falar só de decathlon ou sportzone, pois lojas mais pequenas há onde o serviço em tudo se aproxima das catedrais do consumo. Nem com esforço destingiríamos a aptidão de certos vendedores de bairro dos dos hipermercados tal a malga onde recrutam uns e outros.

Para quem passar a vida a subir a bicicleta acima da cabeça para a encavalitar no automóvel e ir ali dar umas pedaladas a Monsanto, levar a bicicleta à oficina de carro não deve ser grande transtorno mas para mim isso não é bem assim. E eu sou dos que foi a Vigo comprar duas bicicletas e outra mandei vir por correio, mais cinco Dahon importadas da Alemanha e, como sabem, recentemente uma relíquia encontrada nos arrabaldes londrinos. Vejam só o dinheirão que poupei em IVA!

Se não compro bicicletas no burgo as razões ficam entregues a questões de algibeira e de preferências por determinados modelos a quem os representantes nacionais não parecem dar muita relevância. Mas todas elas uma vez cá chegadas passaram pelas dedos de mecânicos em várias lojas. Muitas vezes descobri que o trabalho feito ficou aquém do esperado e nem vou aqui falar dos porquês, porque na maioria dos casos perderam um cliente.

Uma das maiores satisfações que se tira da bicicleta é nela tudo estar ao nosso alcance. Afinar os travões, as mudanças, reajustar o selim e o guiador, mudar uma câmara de ar ou instalar uma luz são tarefas que não exigem super dotes e perícias de cirurgião. Mas ter uma boa relação com a loja de bicicletas do bairro é meio caminho andado para uns bons momentos de conversa e a garantia duma bicicleta bem aprumada.

Por isto é que eu vos recomendo a Carcavelos Bike e os serviços do João Silva. E porque me dá jeito ter uma loja de bicicletas perto de casa e porque gosto de pessoas que se esforçam por fazer um bom serviço e que gostam de bicicletas antigas. Além disto tudo imagem também que na Carcavelos Bike podem pedir ao João para desenhar um quadro segundo as vossas necessidades, adaptado à anatomia de cada um e de acordo com o tipo de bicicleta que precisam. Tê-lo construído por medida e à mão no material à escolha. Podem mandar fazer uma custome made em Carcavelos!

Para vos ajudar a encontrar o caminho deixo aqui mais uma velha leitura não de fim de semana porque este podem-no ter sempre ao pé do pedal. Um livrinho que me veio parar às mãos há mais de um ano e que me tem ajudado a compreender a máquina que me anima.

A MARCA DO PEDAL

Posted in cycle of sighns with tags , on 14 de Setembro de 2009 by Humberto

Uma das grandes vantagens da bicicleta é deixar-nos onde queremos ir. É a forma mais prática de ir desde o ponto A até mesmo ao ponto B. Se de carro temos como grande preocupação  onde estacionar, quando deixamos as quatro rodas paradas, há que seguir a pé até ao destino final, com metade do rodado essa preocupação não existe. Existem outras, como a segurança, mas com os roubos preocupam-se também os automobilistas.

Se há algo que
arrelia os commuters são as latas que por eles passam, muitas vezes tão de raspão que em muitos países já seria uma infracção grave. Diga-se em abono da contemporaneidade que nestes dois últimos anos a consideração e a forma como os condutores encaram a partilha do asfalto com a bicicleta, tem evoluído de forma positiva. Algumas vezes já se detiveram carros em entroncamentos em que a prioridade lhes pertencia, para me deixarem passar e, embora isso não seja muito vulgar, se por um lado indicia certa surpresa do condutor, por outro prova que nem todos se sentem possuídos de um instinto assassino, como por exemplo os condutores que fecham de tal maneira as curvas que por pouco não me espalmam contra os carros estacionados.

Vem isto a propósito duma conversa com amigos que não usam a bicicleta diariamente, mas têm pena. Uma das razões evocadas para o não fazerem é a falta de condições que lhes dêem segurança e os protejam de alguma forma contra as tais latas. Trajectos como os que ligam o Parque das Nações a Telheiras, ou ao Campo Pequeno, ou à Cidade Universitária, os Olivais ao Lumiar, tudo distâncias inferiores a dez quilómetros, não são feitas de bicicleta porque os candidatos não se sentem seguros. A segurança é um estado de espírito, não é um capacete, como já aqui se disse e se reafirma,  mas o que é verdade é que as condições objectivas ainda não foram capazes de condicionar as condições subjectivas.

Dessa conversa fiquei com a ideia que nós, os que já andamos todos os dias na cidade de bicicleta, damos uma imagem bastante indisciplinada e de incumpridores das regras que gerem os vários trânsitos. Que, por exemplo, nunca paramos nas passadeiras, andamos pelos passeios como se peões fossemos e não respeitamos os sinais vermelhos. Com muita pena minha o número de ciclotransportados com que me cruzo normalmente, não me permite meter as mãos no lume por ninguém, mas lá lhes fui dizendo que não será bem assim, que eu até paro sempre, que se queremos ser respeitados… blá, blá, blá! mas não me mostraram caras de convencidos.

Andar na estrada tal como, em sentido mais lato, conviver na selva urbana, seja montado num SUV ou num par de havaianas, pressupõe a capacidade de interiorizar algumas noções de partilha. Uma das noções é a de espaço, coisa rara se o pensarmos de forma egoísta, mas que abunda quando olhamos à volta e consideramos apenas a quantidade que necessitamos. O acto de parar numa passadeira para deixar passar um peão, pedalarmos muito devagar quando temos de circular pelo passeio (embora neste caso ser sempre preferível desmontar), darmos sempre a prioridade aos peões, o não passarmos na “bisga” em frente ao Café do Peter no Parque das Nações, dará de nós, os bicimobilisados, uma imagem mais de acordo com o nosso próprio interesse.

Cada cidadão que anda a pé é, maioria das vezes, um automobilista. A ideia que o cidadão peão fará do cidadão em cima da bicicleta, vai seguramente reflectir-se na forma como nos verá através do párabrisas do seu carro. Como é que gostaria que ele o visse? Então que tal começarmos a fazer por isso.

O CAMINHO DO FILIPE

Posted in cycle to work with tags , , , , on 24 de Julho de 2009 by Humberto

Parece mentira, mas não é. Estas imagens foram feitas pelo Filipe no seu trajecto até à SIC.

Fotogafias FF

PAISAGEM COM PASSAGEM ALTERNATIVA

Posted in cycle to work with tags , , on 24 de Julho de 2009 by Humberto

Ainda se constrói sem respeito por todos os que, ora por imperativo necessário ou por opção, diferem da maioria na sua mobilidade quotidiana.

De qual lado da grade está o perigo?
De qual lado da grade esta a liberdade?

Fotografia FF

A DEZ QUILÓMETROS E QUINHENTOS METROS POR HORA

Posted in cycle to work with tags , , on 13 de Julho de 2009 by Humberto

É uma velocidade bastante razoável se levarmos em conta que de Algés até à SIC se sobe um bocadinho.


A velocidade média de um automóvel em Lisboa pouco passa dos catorze quilómetros por hora.

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