LEVA LÁ A BICICLETA!
Obrigado pela preferência. Obrigado a todos os que comentaram com um voto no artigo deste blog. Especialmente aos que votaram sem ninguém lhes ter pedido… Ainda por cima porque foram a maioria! Afinal tenho menos amigos que achem que mereço cem euros do que julgava e em contrapartida há por aí muito mais gente benevolente com o que por aqui vou ajuntando de letras e bonecos.
A nomeação foi uma agradável e sincera surpresa especialmente porque, como já disse, tenho que a mobilidade é o parente pobre da família ambientalmente consciente e activa. Talvez e também porque é muito mais fácil deitar o lixo em baldes coloridos que deixar de sentar o rabo todas as manhãs no estofo quentinho do treme-treme do popó. Verdes ou mais maduros todos andamos de uns lugares a outros todos os dias e é nessa actividade que gastamos a maior parte das nossas energias, das fosseis e das outras. Senti que a nomeação já foi um prémio.
A verdade é que da nomeação ao prémio foi um salto de 17 votos e os cem euros do prémio têm agora de reverter para uma agremiação segundo o que ficou solenemente prometido aqui. Acontece porém que, apesar do número elevado de visitantes durante o período da votação, a caixa de comentários não recebeu qualquer sugestão, pelo que decidi democraticamente aumentar o acervo da biblioteca da Associação Cultural de Desenvolvimento Económico e Social de Brejão, bairro Alentejano da freguesia de São Teotónio no concelho de Odemira.
Celebrando-se este mês o octogésimo oitavo aniversário do nascimento do José Saramago, quer este blog associar-se às comemorações entregando à ACDES algumas das obras que o escritor nos deixou, uma das quais como tinha que ser, será “A Viagem do Elefante” que a par da outra viagem, a a Portugal são testemunhos da importância que tem a errância, id est a mobilidade, na vida e na obra do escritor.
A universalidade das letras ganham asas depois do Nobel. Saramago leva em mão própria e pelo mundo afora a nossa língua e por ela foi aceite como escritor desassossegado e pensador desassossegador. A sua pegada carbónica terá sido enorme, como enormes são as páginas escritas no grande livro da Cultura deste pequeno país. Permito-me agora a honra de levar páginas do José a uma terra à qual e aos poucos me vou adoptando.
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